O Diário das Transformações

O Diário das Transformações

“Onde colocamos nosso foco, tende a aumentar”


Tirado do livro “ Nouvelles astuces pour passer commande auprès de l’univers” (Novas dicas para fazer encomendas ao Universo) da escritora alemã, Barbel Mohr

Aspectos que podem ser trabalhados:

➢ Velhos modelos de irritabilidade, de cólera

➢ Sentimentos de culpa, vergonha, desconforto

➢ Estado de “vitimização” de uma maneira em geral (“coitado de mim, “ não tenho

sorte”, ninguém me entende”, “ninguém me ama”, “não é minha culpa”)

➢ Procrastinação – “Serei feliz quando tiver isso ou aquilo”

➢ Nostalgia – “Se ao menos eu tivesse isso ou aquilo”

➢ Sentimentos de não ser o “mestre” de sua vida – “Eu não tenho escolha”, “tenho

que fazer isso ou aquilo”, “não tenho tempo”

➢ Falta de motivação – “De que adianta?”

➢ Medo de não estar a altura, não ser bom o suficiente, medo de cometer erros, de

ser julgado


Objetivos

Gerais: 

Ficar mais centrado.

Específicos:

  • Aproveitar melhor os momentos de descanso, prestando mais atenção ao que fazemos, comemos. Por exemplo, ao invés de tomar um banho “rápido”, prestar mais atenção as sensações nesse momento.. Estar mais presente.
  • Colocar maior atenção nos aspectos positivos de nossa vida. O que “funciona”. Pode ser a saúde, a família, os amigos, a situação financeira. 
  • Focalizar nos seus objetivos - Relacional, Professional, pessoal. 
  • Estar em contato com a criança interior desenvolvendo a simplicidade, a espontaneidade, a alegria
  • Antes de começar a escrever o jornal (o que será explicado logo em seguida), fazer um “check in” geral de sua vida e escolher uma área para trabalhar. Pode ser:



✓ Melhorar sua auto imagem (digamos que você “não goste” do seu corpo, ou de alguns comportamentos “nocivos”)

✓ Melhorar seu relacionamento. Digamos que você culpe o parceiro por não lhe dar atenção que “merece”, ou que não gosta de alguns de seus “hábitos” e gostaria de melhorar essa questão. SOBRE ISSO: Note que o objetivo do Diário da Transformação não é mudar o outro, uma vez que ele tem o livre arbítrio e isso é impossível de toda maneira. Mas, mudar a “maneira” que olhamos para a situação.

✓ Melhorar a saúde fazendo as mudanças que julgue necessárias, seja a prática de uma atividade física ou a mudança na alimentação. 

SOBRE ISSO: Por experiência pessoal e de meus clientes, comece com uma atividade que sinta algum interesse, que goste. Pode ser andar, ou correr. Praticar uma arte marcial, ou qualquer esporte que se identifique. 

Caso contrário, se for muito “longe” de suas aptidões e gostos, risco de fracassar depois do entusiasmo (intelectual) das primeiras semanas. O objetivo é “reforçar” algo que você já tem NATURALMENTE para aumentar as chances de obter sucesso.

✓ Optimizar suas qualidades, dons, talentos e não alterar sua personalidade e seu temperamento.

✓ ANTES de começar o diário, anotar os objetivos, para poder comparar depois.

O MÉTODO:

O Diário das Transformações, não se trata de um diário “normal” onde escrevemos tal e qual o que nos ocorreu durante o dia, mas modificamos intencionalmente a maneira que os eventos ocorreram e a nossa maneira de reagir a eles.
  1. Escolher um caderno que ache bonito, que goste.
  2. Pode-se utilizar de desenhos e auto-colantes para “alegrar” as páginas no diário, dando vazão a criança interior. (É opcional).
  3. Sempre escrever antes de dormir. Pois é nesse momento que o cérebro está mais receptivo as informações. (Esse exercício leva de 10 a 15 minutos.)
  4. Como num filme, RE-LEMBRAR brevemente dos eventos ocorridos durante o dia e prestar atenção nos pontos principais.
  5. Observar o que gostaria que tivesse sido diferente? Imagine que você acordou tarde e ao invés de apreciar a comida, o café que tomou, você simplesmente “engoliu” rapidamente.

  6. Agora escrever no diário, “como você gostaria que tivesse acontecido”. Como num filme, você vai re-fazer a cena, da maneira que mais lhe convém. E escreve no diário “re-escrevendo o script”. Ao invés de dizer como ocorreu, você pode escrever por exemplo: “Hoje de manhã, acordei antes da hora e aproveitei o meu café da manhã com calma. Saboreei cada gole desse café maravilhoso que havia preparado com carinho e gosto. Foi maravilhoso. Enquanto observava pela janela o dia começando, escutando o canto dos pássaros ou ouvindo minha música favorita. Uma sensação de calma e prazer tomava conta de meu corpo nesse momento.
  7. OUTRA situação: Imagine que você tem alguns “problemas” com alguém de sua família, o marido, ou a mulher, ou com seus pais e que na hora que eles “brigam” ou reclamam por algo, você leva isso para o lado pessoal e responde da mesma maneira agressiva.

    Na hora de reescrever a situação, você fala como VOCÊ GOSTARIA de ter reagido. Mais uma vez, não se trata de imaginar que o outro mudou (é o seu diário de sua vida e não da deles) e digamos que ao invés de ficar “irritado”, você olha pra eles com compaixão, imaginando o que poderia ter causado tal comportamento. Imagine que eles tem que viver com esse tipo de comportamento negativo e o quanto deve ser difícil para eles. E se você consegue se colocar no lugar do outro, talvez consiga mudar os pensamentos com relação a isso, tomando consciência que esse comportamento tem mais a ver com eles do que com você. Daí, você pode reescrever no diário como você gostaria de ter reagido, por exemplo: “Dessa vez, ouvi tal pessoa reclamar, mas ao invés de ficar também irritado, decidi e reagi com calma, de forma serena. E me senti muito bem, para minha surpresa! (Claro que ainda não foi o caso, mas o seu inconsciente não sabe distinguir a realidade da imaginação, então ele vai registrar essa nova informação como sendo verdadeira...até que realmente o seja.!
  8. Escrever o parágrafo. Pode fazer alguns desenhos ou colar “smilies” e vai dormir. É importante que essa atividade seja feita com humor e leveza porque é dessa maneira que o nosso cérebro foi programado, para ser feliz. É de nossa natureza. Lembra a “criança interior?”. Ela faz tudo com prazer, alegria, curiosidade, espontaneidade. “Na brincadeira” é que se aprende melhor, pois não há perigo, não há resistência. Normalmente, aprendemos ao contrário que é preciso sofrer pra aprender, pra conquistar algo. Confundimos disciplina, foco, com “dureza”. Na verdade, como foi dito antes, nosso cérebro está programado para o prazer. Por exemplo, já tentou “forçar” uma criança a fazer algo “porque é assim”. Ela vai até tentar, por medo ou para não “perder” o amor dos pais. Mas com o tempo, vai “ficar cansada”, ou agir de forma agressiva/oposicionista, ou vai ter dor de barriga, ou vai simplesmente “esquecer”. Ou seja, seu inconsciente vai fazer tudo para lhe livrar do sofrimento. Assim como as crianças, nós adultos também reagimos da mesma forma. Apenas, nos convencemos por mais tempo a “obedecer” ao que pensamos ser “nosso dever”, e com os anos é possível e bem provável que o corpo reaja para “alertar” dessa forma que não é natural de viver, nos causando doenças que vai nos obrigar a rever nossos conceitos e a maneira que nos tratamos.
  9. NOTA: Não hesitar a “exagerar” usar superlativos positivos como: “Foi maravilhoso, extraordinário, uma ótima surpresa, adorei, me diverti muito, fiquei super feliz, orgulhosa de mim, do meu sucesso, etc E ao escrever essas palavras, tentar se conectar o máximo possível a esses sentimentos. Pois o inconsciente responde a metáforas (inconsciente coletivo - como “forte como um touro”, “leve como uma pena”, “tirar as pedras do caminho”- ou seja ultrapassar obstáculos) e o inconsciente responde as EMOÇÕES. Por isso que nos emocionamos num filme, como quando temos um sonho específico, ele não faz a diferença. É real.
  10. Agora o mais importante: Esse exercício deve ser feito continuamente durante 3 MESES. Sem interrupção, para que a “reprogramação” funcione com sucesso. Por isso, aconselho fazê-lo considerando momentos mais estáveis. Se por exemplo, você tem uma viagem programada ou outro evento ou projeto que exija sua atenção, melhor esperar um pouco. A chave é a disciplina, o foco e a repetição. Mas para motivá-lo, saiba que houve pessoas que o fizeram e obtiveram resultados maiores que em 5 anos de terapia.! (Segundo Babel Mohr)

OUTRA VARIANTE:

Essa variante do diário, eu costumo usar em terapia como exercício de visualização que eu chamo “Como se..”. Imagine que você tenha uma entrevista de trabalho e que está nervoso, ansioso.

Ou mesmo que deve em breve visitar o dentista que é algo que você “não gosta muito”.

Nesse caso duas opções: A primeira é contar, na imaginação como tudo poderia ter dado errado.

Em seguida, criar uma imagem mental que pode ser um quadro que representaria o pior momento, ou pode ser colocar essa imagem numa garrafa, ou mesmo imaginar que soprou todo esse stress dentro de um balão. Daí, você vai “destruir essa imagem, afastá-la de maneira metafórica”.


No caso do quadro, imagine quebrando-o, ou queimando. A garrafa com os problemas podem ser jogadas no mar e vê-la se distanciando até desaparecer no horizonte. O balão pode imaginar que ele sobe..sobe e quando chega bem alto ele explode e deixa cair pétalas de flores.

Em seguida (ou pode-se pular a primeira parte e ir direto nesse exercício):

Imaginar que o tempo passou, você já fez a entrevista, já foi no dentista e agora vai ligar para uma amiga, um parente ou seu cônjuge e conta a essa pessoa “como você gostaria que tivesse acontecido”, como se já tivesse acontecido.

Por exemplo: “Eu entrei na sala de entrevista e estava muito calmo, respondi a todas as perguntas de maneira inteligente e até com certo humor. Estava confiante e sinto que realmente dei do meu melhor. Consegui me comunicar de maneira positiva e produtiva com meu entrevistador. Estou muito contente e orgulhoso de mim”.

Enquanto cita (ou na imaginação, ou você pode escrever, como no diário), tente sentir a cena de maneira mais viva possível Essa técnica é na verdade uma maneira de auto-sugestão. Colocando o foco no que se quer.

Pois da mesma maneira que nos convencemos que estaremos nervoso, o contrário também é possível.

Essa técnica de “visualização positiva” parte dos princípios de auto-sugestão descritas no inicio do século pelo psicólogo e farmacêutico francês Émile Coué.

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